“ Entrevista com uma Professora do 1º Ano do
Ensino Fundamental de 9 Anos.”
Aluna: O que e necessário pra alfabetizar uma criança que inicia aos 6 anos no 1 Ano do Ensino
Fundamental?
Professora: É
necessário que o professor reconheça que essa criança tem um perfil diferente
daquelas que ingressavam com 7 anos, na antiga primeira série, elas necessitam
de uma proposta adequada às necessidades específicas da idade, que considerem
sua maturação cognitiva, emocional e social. E ainda, o fato de muitas delas
não terem passado pela Educação Infantil, já que os sistemas de ensino não têm
a obrigatoriedade de oferecê-la, o que já acontecia na antiga proposta do
Ensino Fundamental (8 anos). Assim, é importante ter em mente que o primeiro
ano destina-se a propostas mais gerais, para atender outras necessidades da
faixa etária, não necessariamente de alfabetização.
Aluna: Qual metodologia usar para os anos iniciais do Ensino Fundamental?
Professora: Uma metodologia abrangente, voltada não mais
para o ensino, mas sim, para a aprendizagem, e que se aproprie do lúdico e que
considere os conhecimentos prévios dos alunos. O brincar deve ser a tônica do
trabalho. E que o professor, em sua proposta, organize sua prática com
observações e registros, para que possam
gerar reflexões e novas ações.
Aluna: O que você pensa em relação à implantação da lei que beneficia as
crianças de 6 anos ingressarem no Ensino Fundamental?
Aluna: Quais os recursos usados para alfabetizar?
Professora: Diferentes recursos didáticos: jogos, diferentes portadores
de texto, músicas, fichas de leitura, diferentes tipos de texto, letras móveis,
entre outros.
Aluna: Como desenvolver o trabalho com uma sala heterogênea?
Professora: Uma estratégia é o agrupamento produtivo, que aponta que o
trabalho com as crianças seja feito em duplas, consideradas as hipóteses que
cada uma têm sobre a linguagem escrita. O importante é que essas hipóteses não
sejam muito distantes, para que haja um conflito cognitivo a ser resolvido nas
atividades propostas, e que eles possibilitem um salto qualitativo no resultado
final da produção delas.
Aluna: Você acredita que o aluno que inicia alfabetizado tenha mais valor que
a criança que não?
Aluna: O que fazer para que não haja discriminação?
Professora: Que o professor tenha uma boa formação e saiba trabalhar com
todos os alunos em seus diferentes níveis de conhecimento.
Aluna: Como você trabalharia a alfabetização com criança com dificuldade
motora?
Professora: Com exercícios que a auxiliassem nesse contexto, já que a
coordenação motora faz parte do processo de alfabetização.
Aluna: Qual seria sua proposta para
alfabetizar crianças com Deficiência Intelectual.
Professora: Com sondagens diagnósticas para o levantamento
das limitações de raciocínio do aluno e a organização atividades adequadas ao
seu perfil. A organização de alguns
recursos específicos para auxiliar a comunicação entre professor e
aluno, e consequentemente, sua aprendizagem. Dependendo do grau dessa
deficiência, solicitar um especialista para melhor abordagem do aluno.
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